domingo, 15 de abril de 2018

Três “grupos” pastorais desafiadores: pais e padrinhos, noivos e famílias enlutadas


Três “grupos” pastorais desafiadores: pais e padrinhos (batismo), noivos (matrimônio) e famílias enlutadas (velório e 7º dia). Eles só aparecem na Igreja nessas ocasiões raras e especiais aí. Na maioria das vezes, buscam a Igreja por motivos outros que não o interesse em seguir Jesus de perto. O que fazemos com eles? Apontamos o dedo, jogando na cara que só nos procuram quando “precisam” e que tão logo consigam o que querem vão se embora de novo? Talvez até atendamo-los, mas com pouco gosto e zelo apostólico porque, afinal de contas, para que dar acolhida a alguém que “não é de Igreja” mesmo!?

CUIDADO! “Ser de Igreja” não nos faz melhores nem mais santos do que os que não são. Quem pensa assim, pensa na lógica da falsa arrogância “cristã”.  

O Evangelho nos conta que Jesus disse aos discípulos “IDE por todo o mundo, anunciai...” (cf. Mc 16,15). Ele diz IDE, manda IR, SAIR... e não é que até hoje tem gente que VÊM, que CHEGA até nós, nossas secretarias e pastorais sem a gente precisar IR? É verdade que vêm pouco e vêm por motivos estranhos talvez, mas VÊM! E elas chegam, como filho pródigo (cf. Lc 15), e o que encontram? Espero que encontrem sempre MISERICÓRDIA. Mesmo que a gente saiba que talvez não voltem. O AMOR-misericórdia é gratuito... é confiante que Deus agirá! É um amor que joga semente em terrenos ainda não prontos para produzir frutos para a vinha do Senhor, mas semeia!

No mínimo, esses que nos buscam nesses momentos singulares da vida, se acolhidos com respeito, passarão – no mínimo- a nos respeitar enquanto Igreja e enquanto comunidade que testemunha a fé que diz que tem e vive. Do contrário, o abismo entre nós e eles, só tende a aumentar. Aliás, será que diante de Deus existe nós-e-eles ou é tudo junto e misturado?


Que a nossa lógica pastoral seja a lógica atitudinal de Jesus. Que o Espírito de Deus nos inspire a amar como Jesus amou. 

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