segunda-feira, 11 de abril de 2011

Porque a catequese é falha na Iniciação Cristã?

Essa é uma questão muito séria e difícil de ser respondida, tanto que não será possível tratar dela nestas poucas linhas. O que se vê, é que a maior parte da nossa catequese dedica suas forças as crianças e adoloscentes, e esses, que são preparados e introduzidos a vida sacramental, pouco participam da vida em comunidade (missas e outros) e menos ainda depois que terminam a catequese. Por que isso acontece? Por que as crianças e jovens ao receberem os sacramentos da Eucaristia e Crisma somem da Igreja? O que podemos fazer para mudar esse quadro? Eis aí o maior desafio da Pastoral da Catequese hoje. A Igreja, em sua sabedoria de Mãe que sabe o que seus filhos precisam, é consciente dessa triste realidade e há anos vêm propondo um novo modelo de catequese renovadora. Aqui há outro problema maior ou igual o primeiro, que na verdade, é parte da solução, uma vez que seja ele próprio resolvido. O novo processo catequético que a Igreja de hoje nos propõe é o mesmo que os apóstolos, nos primeiros anos da comunidade Cristã utilizavam, ela propõe a Iniciação à Vida Cristã por meio de um processo de inspiração catecumenal. Antes, porém de decorrer sobre como é esse processo, é preciso saber que as estruturas que hoje usamos são ineficientes, a maneira de darmos catequese está ultrapassada. É preciso agir rumo à mudança. Porém a Catequese só será efetivamente renovada se os catequistas buscarem essa mudança, ou seja, a catequese só não mudou ainda porque a maior parte dos catequistas não busca atualização, estar informado, em comunhão com a Igreja e por não ter disposição, ou ainda fechar-se em suas maneiras pessoais de dar catequese, sem ouvir o que a Igreja de hoje têm a nos dizer. Na verdade, os catequistas são também grandes culpados pelo encravamento do processo catequético, que gera essa evazão da Igreja. Antes de discutir novos caminhos e métodos, é antes necessário que eles sejam capazes de perceber que a mudança se faz urgente e que eles devem ser os protagonistas dela. Uma vez que esse conceito esteja enraizado no coração de nossos catequistas, podemos passar para as abordagens do processo de Iniciação à Vida Cristã, conforme nos sugere a CNBB por meio do livro estudo 97, de mesmo título. Nos próximos artigos trataremos desse novo processo catequético.

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