Jesus escolheu um grupo de colaboradores para ajudá-lo
em seu ministério, os apóstolos (At 1,2). Certa vez, pediu a eles uma reunião na
Galileia (Mt 28,16). Era a última daquele tipo, e o tema da pauta era
importante para “todas as nações” (Sl 46,8-9), “até os confins da terra” (At
1,8). O que sai da boca de Jesus não é palavreado chulo, Jesus fala do Reino de
Deus (At 1,3) e comunica esperança (Ef 1,18). Ele poderia ter xingado, agido
com autoritarismo, forçado a barra para que o projeto em que vinha trabalhando fosse
colocado em prática logo: o Reino de Deus (At 1,3).
Mas não.
Jesus não escolhe
o caminho da idolatria da sua autoridade. Exousia. Essa palavra
grega que pode ser traduzida como autoridade aparece três vezes nas leituras
da liturgia católica desse Domingo da Ascensão do Senhor.
Exousia refere-se à
autoridade do Pai que é dada a Jesus Cristo (At 1,7; Ef 1,21; Mt 28,18). A exousia
de Jesus é expressa na sua liderança do grupo dos apóstolos, seus colaboradores
escolhidos (At 1,2). Enquanto Cabeça da Igreja (Ef 1,22), Jesus ultrapassa
o discurso chulo e vazio, Ele FEZ e ensinou (At 1,1), Ele mostrou vida (At 1,3).
Sua Exousia é carisma, dom do Espirito Santo (At 1,2) que Ele doa
também aos que se comprometem com a radicalidade do Reino de Deus (At 1,5; Mt
28, 19-20) ao qual Ele tanto instruiu (At 1,3). Ao invés de panelaços, a exousia
de Jesus é festejada ao som de trombetas e harpas, por entre aclamações de
alegria (Sl 46, 2.6-8).
Ah! A verdadeira autoridade! A verdadeira exousia
é bonita de se ver! Ela agrega e nos faz ter o desejo de ser testemunhas do
verdadeiro Messias (At 1,8; Mt 28, 19-20). Ela enche os nossos corações de luz
(Ef 1,18) e nos faz caminhar na certeza de que, apesar da falta de boas lideranças,
não estamos abandonados. O Galileo nos acompanha todos os dias, até o fim do
mundo (Mt 28,20).
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