domingo, 17 de abril de 2011

Catequese em Jogo: Começar por Jesus, o querigma

Dando sequencia ao nosso tema, na medida em que esperamos o comprometimento dos catequistas na mudança da maneira pela qual damos Catequese, é oportuno lembrar que existem outros problemas que são causadores da falha na Iniciação Cristã. A Catequese deveria consistir no aprofundamento da fé, uma vez que o adulto, jovem ou criança, já tivessem sido evangelizados, ou seja, ter ouvido o anúncio do Evangelho, a Boa Nova de Jesus, a proclamação do Querigma. A Família, que outrora cuidava de “iniciar” seus membros na fé cristã, e a própria sociedade que era marcada pelo ritmo da Igreja, hoje já não são mais eficientes nessa tarefa. Cabe, portanto, aos Catequistas de hoje, mais do que nunca, promoverem uma Catequese Evangelizadora, o que na prática se traduz no anúncio querigmático. É missão do catequista anunciar Jesus Cristo, sua Vida, e por consequencia sua proposta de vida, é levar os catequizandos a um encontro pessoal com Ele. Nos encontros de catequese, essa proposta se traduz em uma catequese cristocêntrica, ou seja, que começa pelo anúncio de Jesus, e não com as histórias do Antigo Testamento ou Dogmas e Mandamentos da Igreja, o centro deve ser Jesus. Nossos catequizandos precisam saber por que são ou querem ser cristãos, ou seja, discípulos missionários do Cristo, do qual vem a palavra “cristão”. Uma vez que essa etapa seja atingida, o catequista pode passar para outros temas ligados ao tempo antes de Jesus e o da Igreja. Contudo esse anúncio de Jesus, só pode ser feito por quem o conhece. Quem é Jesus? Os catequistas precisam ter resposta para essa pergunta mais do que para qualquer outra que pudesse ser feita. Os Evangelhos, o tempo litúrgico ligado e ao serviço do Mistério Pascal, morte e ressurreição de Jesus, são a chave para promover um novo modelo de catequese que, de fato, evangelize os nossos catequizandos. No próximo mês, veremos a relação fundamental entre Liturgia e Catequese.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Porque a catequese é falha na Iniciação Cristã?

Essa é uma questão muito séria e difícil de ser respondida, tanto que não será possível tratar dela nestas poucas linhas. O que se vê, é que a maior parte da nossa catequese dedica suas forças as crianças e adoloscentes, e esses, que são preparados e introduzidos a vida sacramental, pouco participam da vida em comunidade (missas e outros) e menos ainda depois que terminam a catequese. Por que isso acontece? Por que as crianças e jovens ao receberem os sacramentos da Eucaristia e Crisma somem da Igreja? O que podemos fazer para mudar esse quadro? Eis aí o maior desafio da Pastoral da Catequese hoje. A Igreja, em sua sabedoria de Mãe que sabe o que seus filhos precisam, é consciente dessa triste realidade e há anos vêm propondo um novo modelo de catequese renovadora. Aqui há outro problema maior ou igual o primeiro, que na verdade, é parte da solução, uma vez que seja ele próprio resolvido. O novo processo catequético que a Igreja de hoje nos propõe é o mesmo que os apóstolos, nos primeiros anos da comunidade Cristã utilizavam, ela propõe a Iniciação à Vida Cristã por meio de um processo de inspiração catecumenal. Antes, porém de decorrer sobre como é esse processo, é preciso saber que as estruturas que hoje usamos são ineficientes, a maneira de darmos catequese está ultrapassada. É preciso agir rumo à mudança. Porém a Catequese só será efetivamente renovada se os catequistas buscarem essa mudança, ou seja, a catequese só não mudou ainda porque a maior parte dos catequistas não busca atualização, estar informado, em comunhão com a Igreja e por não ter disposição, ou ainda fechar-se em suas maneiras pessoais de dar catequese, sem ouvir o que a Igreja de hoje têm a nos dizer. Na verdade, os catequistas são também grandes culpados pelo encravamento do processo catequético, que gera essa evazão da Igreja. Antes de discutir novos caminhos e métodos, é antes necessário que eles sejam capazes de perceber que a mudança se faz urgente e que eles devem ser os protagonistas dela. Uma vez que esse conceito esteja enraizado no coração de nossos catequistas, podemos passar para as abordagens do processo de Iniciação à Vida Cristã, conforme nos sugere a CNBB por meio do livro estudo 97, de mesmo título. Nos próximos artigos trataremos desse novo processo catequético.