segunda-feira, 30 de abril de 2018

CRIANÇAS NA CATEQUESE SEM VAGA NA ESCOLA E SEM POSTO DE SAÚDE



Catequizandos da periferia de Feira de Santana (BA) ainda não saber ler ou escrever porque estão sem estudar. Na maior parte, suas famílias são moradoras de condomínios criados pelo programa do governo "Minha casa, Minha Vida". O problema é que nos bairros onde vivem não há escolas com vagas suficientes para todos e nem serviço de saúde pública que seja próximo de suas casas. Como muitas crianças não têm condições de deslocar-se diariamente para escolas mais distantes onde haveriam vagas, ficam sem estudar.
 O governo facilitou o acesso à moradia, mas formou bairros populosos sem infraestrutura para acolher os moradores. Um aglomerado de crianças, jovens, adultos, idosos, de famílias em condomínios do programa do governo fixados em regiões sem escolas, postos de saúde e opções de lazer é um atentado à dignidade dessas pessoas. Ensina o Compêndio da Doutrina Social da Igreja (Pontifício Conselho Justiça e paz) n. 557:

domingo, 15 de abril de 2018

Três “grupos” pastorais desafiadores: pais e padrinhos, noivos e famílias enlutadas


Três “grupos” pastorais desafiadores: pais e padrinhos (batismo), noivos (matrimônio) e famílias enlutadas (velório e 7º dia). Eles só aparecem na Igreja nessas ocasiões raras e especiais aí. Na maioria das vezes, buscam a Igreja por motivos outros que não o interesse em seguir Jesus de perto. O que fazemos com eles? Apontamos o dedo, jogando na cara que só nos procuram quando “precisam” e que tão logo consigam o que querem vão se embora de novo? Talvez até atendamo-los, mas com pouco gosto e zelo apostólico porque, afinal de contas, para que dar acolhida a alguém que “não é de Igreja” mesmo!?

CUIDADO! “Ser de Igreja” não nos faz melhores nem mais santos do que os que não são. Quem pensa assim, pensa na lógica da falsa arrogância “cristã”.  

O Evangelho nos conta que Jesus disse aos discípulos “IDE por todo o mundo, anunciai...” (cf. Mc 16,15). Ele diz IDE, manda IR, SAIR... e não é que até hoje tem gente que VÊM, que CHEGA até nós, nossas secretarias e pastorais sem a gente precisar IR? É verdade que vêm pouco e vêm por motivos estranhos talvez, mas VÊM! E elas chegam, como filho pródigo (cf. Lc 15), e o que encontram? Espero que encontrem sempre MISERICÓRDIA. Mesmo que a gente saiba que talvez não voltem. O AMOR-misericórdia é gratuito... é confiante que Deus agirá! É um amor que joga semente em terrenos ainda não prontos para produzir frutos para a vinha do Senhor, mas semeia!

No mínimo, esses que nos buscam nesses momentos singulares da vida, se acolhidos com respeito, passarão – no mínimo- a nos respeitar enquanto Igreja e enquanto comunidade que testemunha a fé que diz que tem e vive. Do contrário, o abismo entre nós e eles, só tende a aumentar. Aliás, será que diante de Deus existe nós-e-eles ou é tudo junto e misturado?


Que a nossa lógica pastoral seja a lógica atitudinal de Jesus. Que o Espírito de Deus nos inspire a amar como Jesus amou.