sábado, 19 de junho de 2010

Nossa Senhora Morreu?



“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas.” (Ap 12, 1).

O Catecismo da Igreja Católica (nº 966) nos explica assim: "Finalmente a Virgem Imaculada, preservada livre de toda mancha de pecado original, terminado o curso da sua vida terrena foi levada à glória do Céu e elevada ao trono do Senhor como Rainha do Universo, para ser conformada mais plenamente a Seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte". Ou nas palavras do Papa João Paulo II: "O dogma da Assunção, afirma que o corpo de Maria foi glorificado depois de sua morte. Com efeito, enquanto para os demais homens a ressurreição dos corpos ocorrerá no fim do mundo, para Maria a glorificação do seu corpo se antecipou por singular privilégio". O Papa Pio XII, em 1950, definiu como dogma de fé que, terminado o curso sua vida terrena, Maria foi “elevada” ou “assumida” de corpo e alma no céu. Mas por que é importante para os católicos o dogma da Assunção da Virgem Maria ao Céu? O Catecismo também responde a esta interrogação: "A Assunção da Santíssima Virgem constitui uma participação singular na Ressurreição do seu Filho e uma antecipação da Ressurreição dos demais cristãos” (966). A importância da Assunção para nós está na relação que existe entre a Ressurreição de Cristo e a nossa. A presença de Maria, mulher da nossa raça, ser humano como nós, que se encontra em corpo e alma já glorificada no Céu, é isso: uma antecipação da nossa própria ressurreição. "Maria Santíssima nos mostra o destino final dos que 'escutam a Palavra de Deus e a cumprem'(Lc. 11,28), nos estimula a elevar nosso olhar às alturas onde se encontra Cristo, sentado à direita do Pai, e onde também está a humilde escrava de Nazaré, já na glória celestial” (JPII, 15/08/97). “À vossa direita, Senhor, está a Rainha” (cf. Sl 44,10) diz o Salmista. O mistério da Assunção de Maria ao Céu nos convida a fazer uma pausa na agitada vida que levamos para refletir sobre o sentido da nossa vida aqui na terra, sobre o nosso fim último: a Vida Eterna, junto com a Santíssima Trindade, a Virgem Maria e os Anjos e Santos do Céu. O fato de saber que Maria já está no Céu gloriosa em corpo e alma, como nos foi prometido aos que fazem a Vontade de Deus, nos renova a esperança de um dia, no céu, sermos santos e imaculados. Cada um terá a sua própria “assunção” (cf. Sl 83, 5). Por uma questão de delicadeza teológica, a Igreja evita responder à pergunta se Maria morreu ou não. Na verdade, desde tempos muitos antigos os cristãos festejavam a festa da “Dormição de Maria”, ou em outra tradução “Assunção de Maria” como aquela que foi “promovida”, ou “assumida”. O canto de Maria dirá que Deus “derruba do trono os poderosos e eleva os humildes” (cf. Lc 1,46s). Esta “elevação” é o sentido próprio da assunção. Somos chamados a promover as pessoas, a praticar a solidariedade e a promoção humana. Maria é sinal de esperança, vamos assumir Deus e promover os irmãos e Deus nos assumirá e nos promoverá ao Reino do Céu (cf. Mt 25). Rainha assunta ao céu, rogai por nós!

sábado, 5 de junho de 2010

O que fazer com imagens quebradas?



De repente, acontece que aquela imagem - benta ou não -  que você tem em sua casa cai e quebra! Aí meu Deus! O que fazer?

Calma! Sem escrúpulos!

É certo que devemos ter respeito e a adequada veneração as imagens pelo que elas representam: os Anjos, Santos, Nossa Senhora, Jesus Cristo...

O uso de imagens parece que já era empregado desde o Antigo Testamento, como nos mostra a Bíblia (cf. Ex 25, 17-20; 1Rs 6, 23-30; 7, 23-28s; Nm 21, 2-9; Sb 16, 5-7; Jo 3, 14-15). As imagens são como retratos, fotos, ou seja, símbolos religiosos.

Porém, quando quebradas, estragadas ou danificadas, deixam de simbolizar a realidade que representam, logo, não parece mais adequado tê-las para veneração.

Claro que se a imagem, mesmo quebrada, tem um valor afetivo - ganhou de presente de uma pessoa querida, etc - não vá se desfazer dela só porque está quebrada.  Nesse caso, o restauro é a melhor opção.

Na verdade, o restauro é sempre uma boa opção.

Mas, caso você não vá optar pelo restauro, ou não tenha como fazê-lo, não têm problema: termine de quebrar e/ou destruir a imagem. Essa é uma maneira respeitosa de se desfazer dela e de qualquer outro objeto religioso. É superstição acreditar que isso pode nos trazer algum mal. Quando for fazer o descarte no lixo, certifique-se de que tudo está em pedaços bem pequenos para que não sejam profanados. Essa é a melhor opção. É mais ecológica do que enterrar, queimar ou mesmo abandoná-las em oratórios, cruzeiros ou similares.