terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O Deus da Noite Luminosa



Uma vez houve uma noite de puro Deslumbramento e Alegria
Uma noite Luminosa como o dia
Nessa noite, os que habitavam a terra das sombras viram uma Luz de Esperança
Aqueles que caminhavam nas trevas souberam de um Deus Forte nascido como criança
Era a Luz Verdadeira, Iluminadora dos homens, Luz do Mundo!
E a Luz brilhou e para nós todos resplandeceu
Mas no mundo houve quem não a reconheceu
É Jesus o nome do Menino Luz que essa noite irradia tamanha alegria!
Filho da pobre Maria, não encontrou ao nascer nem hospedaria
Mas na Sua Luz há vida em abundância para também a nossa vida iluminar!
«Deus de Deus, Luz da Luz, gerado, não criado, consubstancial ao Pai»
É essa a noite, o Natal, o nascimento, o convite: ao Menino Deus saudai!
Quem vislumbra Deus sente alegria e nesta noite, vemos algo da Sua luz.
Por isso, desejamos que todos digam conosco que “o nosso Natal é com Jesus!”

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral


Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para argumentar, para corrigir, para educar conforme a justiça” (2 Tm 3,16)



Nesse pequeno trecho Paulo nos responde qual é a utilidade da Bíblia, para que ela serve. Paulo não diz que ela deve ser usada só na Catequese, grupos de oração e seus textos lidos durante a Missa. Os discípulos missionários de Jesus Cristo conhecem o seu Mestre, conversam com Ele, e seguindo-O, fazem a Sua vontade em suas vidas, colaborando com a missão. João diz que Jesus é a Palavra de Deus encarnada (cf. Jo 1,14), é por meio não só do contato com a Palavra de Deus, mas, sobretudo com a familiariedade com ela que nos tornamos verdadeiros discípulos missionários.
Diz um canto conhecido que “a Bíblia é a Palavra de Deus, semeado no meio do povo...”. É isso que Paulo quer dizer, a Bíblia nasceu do povo e é para o povo útil para ensinar, argumentar, corrigir o que está errado e educar segundo a justiça de Deus. A Bíblia é útil para todos, para mim e para você.
Nos últimos tempos, quando falamos da presença da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja, falamos de Animação Bíblica da Pastoral (ABP). Trata-se de uma nova linguagem e uma nova compreensão. Somos interpelados a tomar consciência que a leitura e a meditação da Bíblia não devem ser reduzidas a uma “Pastoral Bíblica” como se a Palavra de Deus fosse apenas uma pastoral, ao contrário, a Bíblia sendo luz para o nosso caminho (cf. Sl 118, 105), precisa permear toda a ação evangelizadora da Igreja, em outras palavras, a Bíblia precisa ser alma de nossas pastorais, movimentos, grupos, serviços e organizações.
A Bíblia precisa ser popularizada entre o nosso povo, mas não basta tê-la e ler de qualquer maneira, dentre as várias maneiras de se aproximar da Sagrada Escritura, a Igreja reconhece o método da Leitura Orante ou Lectio Divina como uma maneira que favorece a formação de discípulos missionários de Jesus Cristo. Precisamos aos poucos inserir momentos de contato com a Palavra, especialmente entre os agentes de pastorais e movimentos. São Jerônimo dizia que ignorar as Escrituras é ignorar o próprio Cristo. Perceber que não é possível ser cristão e desconhecer as Escrituras é o primeiro passo.

sábado, 24 de setembro de 2011

A Catequese Sacramental no relato da mulher pecadora


É função da catequese explicar a natureza dos sacramentos e seus efeitos sobre nós. Contudo, isso nem sempre é feito da melhor maneira, pois muitos catequistas ainda encontram-se despreparados para tal função. É pela Sagrada Escritura que melhor conseguiremos compreender – e, portanto viver- os sacramentos. A Bíblia trata do assunto mais do que muitos de nós acreditamos. Para dar um exemplo, convido você a reler o texto de Lucas 7, 36-50 sob outra prespectiva, vamos procurar encontrar os sinais sacramentais do texto. Trata-se do relato da mulher pecadora. Aliás, a única coisa que sabemos sobre ela é isso, que é pecadora (Lc 7, 37) – o texto não menciona sua idade, seu nome, qual pecado tinha cometido, se era casada, etc. Lucas tem seu foco na realidade de pecado.
O que faz a mulher pecadora quando entra onde estava Jesus? Chorando, lavou com suas lágrimas (Lc 7, 38.44) e ungiu com perfume de mirra os pés de Jesus (Lc 7, 38.46). E Jesus, o que faz? A perdoa e a resgasta, a salva (Lc 7, 48-50). Nossa atenção deve-se deter agora sobre o que podemos encontrar dos nossos sacramentos nessa leitura.
Nossa realidade é a mesma daquela mulher, o pecado. Nascemos manchados pelo pecado original e necessitados da graça de Deus. Precisamos, como essa mulher, adentrar onde Jesus está (cf. Lc 7, 36-37), buscá-lo, segui-lo, ser iniciado na fé, nesse sentido, a catequese é grande expressão de fé e adesão a Jesus Cristo. A mulher ao encontar Jesus chorou, suas lágrimas derramadas prefiguram as águas do batismo, pelas quais ela foi purificada e perdoada de seus pecados (cf. Lc 7, 48). Ela também ungiu com perfume os pés de Cristo (Lc 7, 38. 46). Quando é que somos ungidos? Na própria celebração do batismo, quando somos ungidos com o óleo dos catecúmenos (ainda não batizados) e também, dentre outras unções, no sacramento da Confirmação – ou Crisma. A unção do Crisma nos convida a difundir “o bom perfume de Cristo” (2Cor 2,15). É por esse sacramento que somos confirmados na fé, na mesma que o texto diz ter salvado a mulher (Lc 7, 50). Ao despedir a mulher, Jesus se dirige a ela dizendo “Vai em Paz” (Lc 7, 50), com esse gesto Jesus resgata a dignidade daquela mulher, a salva. O bispo, por sua vez, após ungir o crismando o diz que “a paz esteja contigo!”, sinbolizando a união do fiel com a Igreja de Cristo.
Podemos a partir do texto e da nossa realidade quanto aos sacramentos estabelecer como itinerário que existe uma realidade de pecado que é purificada no sinal da água pela graça de Cristo. Depois, pelo sinal da unção somos mais profundamente ligados a Cristo, nosso Salvador, pelo dom da fé.
É primordial que o catequista consiga conduzir seus catequizandos a uma leitura da Sagrada Escritura em que possam identificar os sinais (sacramentos) da atuação de Cristo para que compreendam-os em suas próprias vidas.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Catequese junto a pessoa com deficiência visual


Proposta de Leitura Orante da Bíblia na Catequese com deficiente visual:

Ambientação: disposição das cadeiras em círculo e luzes apagadas.

Quanto a escolha dos textos bíblicos: Procure usar textos narrativos, que conte uma história que possa ser facilmente memorizada ( As parábolas, por exemplo).

Roteiro: Após a invocação ao Espírito Santo, coloca-se uma música de meditação ou outra (sem letra, só melodia) que favoreça a atitude de escuta e silêncio exterior e interior e convida-se os participantes a fecharem os olhos durante a leitura.
Segue-se, então, com a leitura do texto. Como tratasse de uma narrativa, quem lê, de fato, narra o texto bíblico, de forma que todos os ouvintes possam imaginar o que é proclamado. A leitura ainda deve zelar pelo silêncio do texto, ou seja, conter diversas pausas em diversos trechos para que todos consigam acompanhar a narração por meio de sua imaginação. Um critério que pode ajudar quem proclama o texto, é ele mesmo, fazer o exercício de imaginar o que lê.
Durante a leitura, o catequista pode fazer uso de outros sons, odores ou objetos concretos que possam ajudar na vivência da leitura orante. Se o texto narrado fosse, por exemplo, a Parábola do Semeador (Mateus 13,1-23), Pode-se usar sementes e entrega-las para os participantes, pode-se jogar sementes no chão para ilustrar o "semear", utilizar-se de terra para ilustrar a "terra boa", pode-se ainda, depois da leitura orante, plantar as sementes recebidas, como sinal de que queremos ser a terra boa, onde a semente da Palavra de Deus será frutuosa, etc.
Depois da leitura, segue-se um momento de silêncio para a interiorização da Palavra de Deus.
Na sequencia, ou repete-se a narração de forma um pouco mais breve, ou cada um faz sua leitura pessoal na Bíblia, se houver o texto bíblico em braille para o deficiente visual, nesse caso, os participantes podem repetir versículos que acharam importantes, ou ainda, pode-se recortar, comunitariamente o texto narrado, onde todos contam um trecho com suas palavras.
O catequista, em seguida, de acordo com a necessidade do grupo, inicia o momento de oração com a Palavra de Deus, sempre atualizando-a para a nossa vida. Esse momento celebrativo pode ser comunitário ou pessoal e intercalado com um refrão meditativo.
Se o catequista achar que é necessário, pode-se fazer, nesse momento uma partilha daquilo que foi proclamado.
Por fim, canta-se um salmo ou outro canto apropriado, de acordo com com o texto bíblico escolhido. Todos rezam juntos, de mãos dadas e encerra-se a Leitura Orante.

CLICK PARA DOWNLOAD DESSA PROPOSTA


Comercial que pode ser usado como Motivador:



VOCÊ TÊM ALGUM CATEQUIZANDO COM DEFICIÊNCIA?? COMENTE A EXPERIÊNCIA!.... sugestões, elogios e críticas.

domingo, 19 de junho de 2011

Catequese, Fé e Vida


A Catequese é educação para a vida. De que adianta nossos catequizandos saberem todas as narrativas e histórias bíblicas se não souberem as mensagens que elas contém? Para que serve conhecer todos os fatos da vida de Jesus, mas não encontra neles os valores do Reino que Ele anunciava? Será que isso é, de fato, conhecer a Palavra de Deus? Contudo, o problema pode ser ainda a vivência desses valores. De que adianta ssber essas mensagens e conhecer os valores do Reino de Deus mas não vivê-los? Para que serve conhecer os mandamentos e prescritos mas não aplicá-los na vida cotidianamente? Essa reflexão ilustra a dicotomia entre Fé anunciada e Vida no mundo. Não é função da Catequese apenas "contar histórias sagradas", antes e mais do que isso, é preparar pessoas para serem autênticos cristãos na vida, também fora da Igreja, no mundo. É missão da Catequese transmitir e mostrar como, na vida, se cultiva valores propagados pelo Cristo como amor, caridade, paz, honestidade, misericórdia, humildade e tantos outros que devem caracterizar um cristão católico. Trata-se de deixar que a Palavra de Deus ilumine a nossa realidade e o nosso agir.  Aqui, podemos mencionar outro problema igualmente preocupante. De que adianta o Catequista anunciar tudo isso na Catequese e não ser exemplo de testemunho em sua vida pessoal?

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Dimensão Celebrativa da Catequese


“A ausência de uma catequese litúrgica tem esvaziado a celebração cristã.” (P 901)


Refletir sobre essa questão ajuda a entender o porquê de jovens, crianças e também adultos, depois de participarem da catequese e receberem os sacramentos, se distanciam da Igreja. Afinal não foram eles inicados na fé? Não foram eles “preparados” para serem autênticos cristãos e participarem dos sacramentos? Então por que se afastam da Igreja? É evidente que a questão é complexa, portanto a resposta também não é assim tão simples, há diversos fatores que influenciam. Mas, não se pode desconsiderar o fato de que as nossas catequeses serem mais “aulas” do que encontros é fator agravante, uma vez que não iniciamos nossos catequizandos a celebração, não são educados para e pela Liturgia. De fato, não adianta trocar o nome de “aula” de catequese para encontro e continuar a fazer as mesmas coisas. Há encaixes de momentos de oração e celebração, contudo ainda não existe uma relação fé-vida. Nossos catequizandos são quase que “obrigados” a vir à missa, dela participam e não entendem nada ou muito pouco, isso quando o próprio catequista não compreende... Só boa vontade não basta! Participar das celebrações da Igreja, de modo particular da Missa, deve ser situação prazerosa, não “resiquito” para a catequese. O catequista precisa aprender a usar os símbolos sagrados, ritos, encenações, evangelho dialogado, lectio divina, Pequenas Procissões Litúrgicas, celebrações em conjunto, celebrações da Palavra, cantar, dançar, oficina de oração, adoração ao santíssimo, momentos de louvor, de penitência... Símbolos como luz, trevas, fogo, pão, chinelo, cinza, incenso, o ano litúrgico, as cores litúrgicas, lavar as mãos, caminhar, aspergir, imposição das mãos, cânticos com gestos, cruz erguida, gestos e posições do corpo, gestos com as mãos, valorização e significação dos gestos (estar de pé, sentado, ajoelhado, andando, inclinado), tudo isso cria significação do que é celebrar, de modo que os catequizandos têm maior contato com o sagrado, o mistério da fé e são assim introduzidos para a Celebração Maior, a Missa. É recomendável, sobretudo, o RICA (Ritual da Iniciação Cristã de Adultos) que sugere um itinerário litúrgico a todas os catequizandos, mesmo crianças e jovens. O que podemos fazer para tornar nossa catequese mais celebrativa?

domingo, 17 de abril de 2011

Catequese em Jogo: Começar por Jesus, o querigma

Dando sequencia ao nosso tema, na medida em que esperamos o comprometimento dos catequistas na mudança da maneira pela qual damos Catequese, é oportuno lembrar que existem outros problemas que são causadores da falha na Iniciação Cristã. A Catequese deveria consistir no aprofundamento da fé, uma vez que o adulto, jovem ou criança, já tivessem sido evangelizados, ou seja, ter ouvido o anúncio do Evangelho, a Boa Nova de Jesus, a proclamação do Querigma. A Família, que outrora cuidava de “iniciar” seus membros na fé cristã, e a própria sociedade que era marcada pelo ritmo da Igreja, hoje já não são mais eficientes nessa tarefa. Cabe, portanto, aos Catequistas de hoje, mais do que nunca, promoverem uma Catequese Evangelizadora, o que na prática se traduz no anúncio querigmático. É missão do catequista anunciar Jesus Cristo, sua Vida, e por consequencia sua proposta de vida, é levar os catequizandos a um encontro pessoal com Ele. Nos encontros de catequese, essa proposta se traduz em uma catequese cristocêntrica, ou seja, que começa pelo anúncio de Jesus, e não com as histórias do Antigo Testamento ou Dogmas e Mandamentos da Igreja, o centro deve ser Jesus. Nossos catequizandos precisam saber por que são ou querem ser cristãos, ou seja, discípulos missionários do Cristo, do qual vem a palavra “cristão”. Uma vez que essa etapa seja atingida, o catequista pode passar para outros temas ligados ao tempo antes de Jesus e o da Igreja. Contudo esse anúncio de Jesus, só pode ser feito por quem o conhece. Quem é Jesus? Os catequistas precisam ter resposta para essa pergunta mais do que para qualquer outra que pudesse ser feita. Os Evangelhos, o tempo litúrgico ligado e ao serviço do Mistério Pascal, morte e ressurreição de Jesus, são a chave para promover um novo modelo de catequese que, de fato, evangelize os nossos catequizandos. No próximo mês, veremos a relação fundamental entre Liturgia e Catequese.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Porque a catequese é falha na Iniciação Cristã?

Essa é uma questão muito séria e difícil de ser respondida, tanto que não será possível tratar dela nestas poucas linhas. O que se vê, é que a maior parte da nossa catequese dedica suas forças as crianças e adoloscentes, e esses, que são preparados e introduzidos a vida sacramental, pouco participam da vida em comunidade (missas e outros) e menos ainda depois que terminam a catequese. Por que isso acontece? Por que as crianças e jovens ao receberem os sacramentos da Eucaristia e Crisma somem da Igreja? O que podemos fazer para mudar esse quadro? Eis aí o maior desafio da Pastoral da Catequese hoje. A Igreja, em sua sabedoria de Mãe que sabe o que seus filhos precisam, é consciente dessa triste realidade e há anos vêm propondo um novo modelo de catequese renovadora. Aqui há outro problema maior ou igual o primeiro, que na verdade, é parte da solução, uma vez que seja ele próprio resolvido. O novo processo catequético que a Igreja de hoje nos propõe é o mesmo que os apóstolos, nos primeiros anos da comunidade Cristã utilizavam, ela propõe a Iniciação à Vida Cristã por meio de um processo de inspiração catecumenal. Antes, porém de decorrer sobre como é esse processo, é preciso saber que as estruturas que hoje usamos são ineficientes, a maneira de darmos catequese está ultrapassada. É preciso agir rumo à mudança. Porém a Catequese só será efetivamente renovada se os catequistas buscarem essa mudança, ou seja, a catequese só não mudou ainda porque a maior parte dos catequistas não busca atualização, estar informado, em comunhão com a Igreja e por não ter disposição, ou ainda fechar-se em suas maneiras pessoais de dar catequese, sem ouvir o que a Igreja de hoje têm a nos dizer. Na verdade, os catequistas são também grandes culpados pelo encravamento do processo catequético, que gera essa evazão da Igreja. Antes de discutir novos caminhos e métodos, é antes necessário que eles sejam capazes de perceber que a mudança se faz urgente e que eles devem ser os protagonistas dela. Uma vez que esse conceito esteja enraizado no coração de nossos catequistas, podemos passar para as abordagens do processo de Iniciação à Vida Cristã, conforme nos sugere a CNBB por meio do livro estudo 97, de mesmo título. Nos próximos artigos trataremos desse novo processo catequético.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Fraternidade e a Vida no Planeta

Clique aqui e Escute a Oração da Campanha da Fraternidade 2011!

É este o tema da CF (Campanha da Fraternidade) deste ano que trata da gravidade das mudanças climáticas geradas pelo homem. O espírito quaresmal nos impele a reflexão sobre nosso comprometimento com a instauração do Reino de Deus aqui na terra, por isso, este ano, a pergunta que não pode nos perpassar sem resposta é como podemos, nós, cristãos que somos, louvar a Deus enquanto toda a Sua “Criação geme em dores de parto” (Rm 8,22)? Não seria hipocrisia? A narração do livro do Gênesis nos diz que Deus, ao criar o homem e a mulher disse-lhes: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a! Dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu e todos os animais da terra” (Gn 1,28).
Pois houve e há, ainda, quem interprete de forma deturbada este trecho, achando-se dono absoluto do planeta. “A palavra dominar vem do latim dominus, que significa ‘senhor’. Dominar significa exercer o senhorio sobre os demais, e este exercício do senhorio deve ser feito do modelo de ‘Senhor’ que é o próprio Deus” (Texto-Base da CF 2011 §103) Jesus Cristo é o Senhor, dizem muitos, portanto que sejamos “senhores” do nosso planeta-casa como Ele é Nosso Senhor. O nosso planeta está criado e evoluído, Deus colocou o ser humano nele como guardião (cf. Gn 2,15).
As grandes catástrofes como enchentes, furacões, secas e outros são, na verdade, reações climáticas ao aquecimento global, ou seja, nosso planeta está esquentando devido ao acúmulo de gases poluentes na atmosfera que impedem os raios solares de melhor se espalharem e voltarem para o espaço; É como se a Terra estivesse com “febre”. Embora este seja um problema de escala mundial, que depende muito das decisões dos líderes de governos para ser, ao menos, minimizado, isso não significa que estamos à margem da situação.
Cabe a nós conscientizar as demais pessoas, especialmente as crianças e os jovens sobre nosso papel neste mundo para que nossa relação com o meio ambiente seja solidária, que saibamos utilizar nossos bens com agradecimento, respeito, justiça e caridade. Além disso, cabe a nós exigir medidas efetivas por partes dos governantes para reduzir a emissão de gases poluentes e também cultivas boas atitudes, gestos simples, porém concretos como evitar sacolas plásticas, tomar banhos mais curtos, usar lâmpadas econômicas, separar o lixo recliclável entre outras.
A CNBB disponibiliza excelentes materiais para serem usados em encontros de catequese, com jovens, nas casas em encontros com as famílias, via-sacras e outras celebrações, circulos bíblicos, DVD e textos para estudo e aprofundamento. Visite uma livraria católica ou acesse www.edicoescnbb.org.br e confira!